Poupança e proteção: o duplo papel do seguro de vida

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08/12/2025

Boa parte dos consumidores recebe o seguro de vida exclusivamente como uma cobertura que garante uma indenização financeira em caso de falecimento do segurado. No entanto, trata-se de um produto muito mais versátil, que oferece diferentes possibilidades tanto de proteção como de economia, investimento e planejamento patrimonial. Trata-se, portanto, de um seguro que pode cumprir um duplo papel.

Esta dualidade transforma o seguro de vida em um instrumento ideal tanto para garantir a segurança financeira das famílias de forma imediata como para elaborar um plano financeiro a longo prazo que assegure a constituição progressiva de um patrimônio.

Primeiro, abordemos sua função como ferramenta de proteção. Tradicionalmente, o seguro de vida teve como principal missão garantir o bem-estar dos familiares do segurado em caso de morte ou de invalidez. Diante de uma situação deste tipo, a companhia de seguros paga aos beneficiários a quantia segurada estabelecida na apólice, o que constitui um escudo financeiro diante de possíveis dívidas ou compromissos financeiros que tiveram de assumir uma vez que carecem das receitas recorrentes proporcionadas pelo segurado. Este seguro pode ser decisivo para que essa família possa manter seu nível de vida quando perde uma de suas principais fontes de renda ou deve enfrentar uma situação de dependência que ocasiona importantes despesas em cuidados e atendimento sanitário.

Um seguro de vida adequado é aquele que permite que os beneficiários enfrentem o pagamento de empréstimos e hipotecas, cubram os gastos de um funeral, realizem os trâmites sucessórios, paguem impostos, substituam a renda futura perdida (pelo menos por um período) e até antecipem os custos dos estudos superiores dos filhos. Em resumo, trata-se de garantir que um imprevisto não coloque em risco o bem-estar financeiro da família.

Esse tipo de seguro, conhecido como seguro de vida risco, não é apenas um instrumento de proteção financeira. Ele também oferece ao cliente uma grande dose de tranquilidade emocional, permitindo que tome decisões profissionais ou empresariais sem carregar o peso das possíveis repercussões caso ocorra uma fatalidade.

A segunda função que o seguro de vida pode desempenhar é a de atuar como instrumento de poupança e investimento a longo prazo, podendo inclusive oferecer algum benefício fiscal. É importante esclarecer que esse tipo de produto também possui um componente de proteção, embora esse não seja o seu objetivo principal.

Embora existam diversas modalidades de seguros de vida poupança, todas compartilham uma característica central: são ideais para planejar o acúmulo de recursos a longo prazo, permitindo tanto contribuições periódicas quanto um único aporte, conhecido como prêmio único.

Dependendo do perfil de cada cliente, o investimento direcionado por meio de um seguro de vida pode ser alocado em ativos com diferentes níveis de risco. Assim, quem prefere uma alternativa mais conservadora pode contratar um seguro com rentabilidade garantida. Entretanto, há modalidades em que o rendimento está vinculado à evolução de determinados índices ou mercados. São opções com maior risco, pois estão expostas à volatilidade, mas que oferecem potencial de rentabilidade mais elevado no longo prazo.

Na hora de escolher a modalidade mais adequada, o ponto essencial é considerar o horizonte temporal. As necessidades de um cliente de 30 anos, que pretende poupar ao longo de toda a vida ativa, são muito diferentes das de alguém com mais de 60 anos, que deseja usufruir do rendimento acumulado em poucos anos.

No primeiro caso, por se tratar de um horizonte distante, a alocação de recursos pode incluir um percentual maior de ativos de risco, como a renda variável, já que o longo prazo permite diluir os impactos da volatilidade. No entanto, no caso de uma pessoa acima de 60 anos, com um horizonte mais curto, é mais prudente direcionar a poupança para ativos menos voláteis, como a renda fixa.

Essas particularidades explicam por que o seguro de vida sempre foi a escolha de poupadores de muitos países para planejar a poupança destinada à aposentadoria, seja como fonte única de renda após o fim da vida laboral ativa, seja como complemento a uma pensão pública.

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